Visão Global D'os Maias

Visão global D’ Os Maias

Os Maias são constituídos por 18 capítulos:
· Os três primeiros capítulos relatam o passado da Família Maia entre o ano de 1820 e 1875, portanto, 55 anos;
· Os catorze capítulos seguintes contam a história de Carlos da Maia durante 14 meses que viveu em Lisboa, desde o Outono de 1875 até aos finais de 1876; interligada com os «Episódios da Vida Romântica»;
· O último capítulo é sobre a visita de Carlos a Lisboa, depois de «um exílio de quase dez anos», em Janeiro de 1887.
No romance, existem duas histórias: uma intriga secundária - a relação amorosa infeliz de Pedro da Maia e de Maria Monforte - e uma intriga principal - que se desenrola ao mesmo tempo que a crónica de costumes. Entre a acção secundária e a principal, há pontos comuns entre o desabrochar dos amores, como também no seu desfecho trágico.
O romance começa com apresentação na casa, no Ramalhete, que os Maias vieram habitar em Lisboa, no Outono de 1875, e para dar lugar aos antepassados da família Maia, como preparação para a acção principal: a juventude de Afonso; a infância e educação de Carlos; a formação académica de Carlos em Coimbra e a sua primeira viagem pela Europa. Só depois, a partir do capítulo III, é que se reinicia a história da acção central.
Um ano passou. Chegara o Outono de 1875: e o avô, instalado no Ramalhete, esperava por ele ansiosamente. O desenlace consiste na degradação familiar: a morte de Afonso da Maia e separação definitiva de Carlos e Maria Eduarda.
O capítulo XVIII constitui o epílogo da obra: passados dez anos, em 1887, Carlos visita Lisboa e encontra-se com o seu amigo inseparável Ega, com quem viajara pelo mundo, antes de se instalar em Paris. Neste reencontro, e nas reflexões dos dois amigos ao deambularem pela capital, transparece um pessimismo amargo que resulta não só do fracasso pessoal de ambos, mas também do ambiente que os rodeia.
Visão global da estrutura do romance
A estrutura d' Os Maias obedece a dois vectores fundamentais: a história trágica da família Maia e a crónica de costumes, ou seja, o retrato da sociedade portuguesa da segunda metade do séc. XIX.
A intriga apresenta duas acções: uma acção principal, centrada na relação entre Carlos e Maria Eduarda e acção uma secundária, que envolve Pedro e Maria Monforte.
A par da história da família, encontramos episódios que funcionam como caracterização da sociedade portuguesa. Há uma ampla análise do Portugal da Regeneração, marcado pelo conservadorismo, pelo espírito romântico frustrado e pessimista, pela corrupção dos costumes.

2 comentários:

  1. na minha opinião, o Capítulos mais interessantes da obra, são os capítulos XV/XVI, em que se descobre que Carlos da Maia, têm uma relação com a sua irmã, Maria Eduarda, e os problemas que essa relação causou.

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  2. Eu nunca li Os Maias de Eça de Queiroz mas penso que esta obra repesenta bastante bem a sociedade portuguesa no sec.XIX e as sociedades posteriores ao sec.XIX, pois a sociedade portuguesa na sua pobreza sempre tentou imitar a alta sociedade francesa e inglesa, e Os Maias representao no bem.

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